10.01.2010 /

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O crescimento econômico, a redução do risco da perda do emprego, juntamente com as quedas nas taxas de juros, devem fazer da concessão de crédito à pessoa física o grande motor da economia em 2010, segundo avalia o vice-presidente de pesquisas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel José Oliveira. Além disso, o consumidor pode esperar taxas de juros mais baixas e prazos mais longos. “Todo ambiente econômico propicia um crescimento no volume de crédito. Acredito que a relação crédito versus PIB (Produto Interno Bruto) irá atingir 50% no ano que vem, um recorde, mas, ainda abaixo do que se pratica fora do Brasil”, disse.

Crescimento - Ainda segundo Oliveira, em 2010, o volume de crédito deve crescer entre 15% e 20%, sendo que por conta das taxas de juros mais baixas todas as modalidades irão crescer, mas terão destaque, sobretudo, o crédito imobiliário, seguido pelo financiamento de veículos e o consignado. “Os bancos vão preferir investir nas linhas com maiores garantias e a grande vedete será o crédito imobiliário”.

Mesmo assim, diz ele, devido aos hábitos culturais e à menor burocracia, na hora dos gastos emergenciais, o brasileiro continuará recorrendo às linha de crédito com custos mais altos, como o cheque especial e o cartão de crédito.

Crédito Imobiliário
No que diz respeito ao crédito imobiliário, o gerente de indicadores de mercado da Serasa, Luiz Rabi, afirma que a retomada da confiança do consumidor é que motivará o crescimento deste tipo de financiamento, já que, segundo ele, “a última etapa da recuperação da confiança é quando há o desdobramento no mercado imobiliário, que tem um financiamento de prazo mais longo”, no qual o tomador do empréstimo precisa estar muito seguro para comprometer sua renda.

“Como essa confiança foi restabelecida ao longo do segundo semestre de 2009, então, acho que neste ano não houve tempo hábil para que essa melhora consistente na confiança conseguisse produzir seus efeitos plenos (...) e chegasse na sua plenitude no mercado imobiliário, o que deve acontecer em 2010”. O economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) concorda e acredita que o crédito imobiliário pode até dobrar de volume nos próximos 12 meses.

“Hoje, existe uma tendência de queda nas taxas de juros das aplicações financeiras e muita gente está procurando diversificar as aplicações e o imóvel é uma alternativa. Percentualmente, o crédito imobiliário pode crescer até mais de 50%, mas ainda é um volume inexpressivo”, diz.

Fonte: Creci-SC